A
acromântula é uma aranha monstruosa de oito olhos e dotada de fala humana. É
originária de
Bornéu,
onde habita a mata fechada. Suas características incluem pelos negros e grossos
que
lhe
cobrem o corpo; as pernas têm uma envergadura que pode abranger até quatro
metros e
meio;
as pinças produzem um estalido distinto quando ela se excita ou se irrita; e,
finalmente,
produz
uma secreção venenosa e tece teias abobadadas no solo. A acromântula é carnívora
e
prefere
presas de grande porte. A fêmea é maior do que o macho e pode pôr até cem ovos
de
cada
vez. Macios e brancos, eles têm o tamanho de uma bola inflável de piscina. Os
filhotes
nascem
de seis a oito semanas após a postura. Os ovos de acromântula são classificados
como
Artigos
Não Comerciáveis Classe A pelo Departamento para Regulamentação e Controle das
Criaturas
Mágicas, o que significa que sua importação ou venda é punida com severidade.
Acredita-se
que esse animal foi desenvolvido por bruxos, possivelmente com a finalidade
de
guardar suas casas ou tesouros, como acontece com a maioria dos seres criados
por meio
de
magia.11 Apesar de
sua inteligência quase humana, a acromântula, no entanto, não é
treinável
e oferece extremo perigo a bruxos e trouxas.
ASHWINDER (CINZAL)
O
ashwinder (cinzal) se forma quando se permite que um fogo mágico12 arda livremente
durante
muito tempo. Uma cobra fina, cinza-claro, de olhos rutilantes, surgirá das
brasas desse
fogo
e rastejará para as sombras da habitação em que se encontra, deixando um rastro
de
cinzas
atrás de si.
O
cinzal vive apenas uma hora, tempo usado para procurar um lugar escuro e
protegido e ali
depositar
seus ovos, depois do que ele vira pó. Os ovos são vermelho-vivo e liberam um
intenso
calor. Podem incendiar uma habitação em minutos se não forem encontrados e
congelados
com um feitiço apropriado. O bruxo que perceber que há um ou mais cinzais
soltos
em
casa deve procurar rastreá-los imediatamente e localizar a ninhada de ovos. Uma
vez
congelados,
os ovos são muito valiosos para o preparo de Poções de Amor e podem ser
comidos
inteiros como remédio para a malária.
Os
cinzais são encontrados no mundo inteiro.
AUGUREY (AGOUREIRO)
O augurey (agoureiro) é nativo da Grã-Bretanha e da Irlanda, embora por vezes seja
encontrado em outros países do norte europeu. Pássaro magro e de aspecto tristonho, que
lembra um abutre pequeno e malnutrido, o agoureiro é preto-esverdeado. É extremamente
tímido, faz ninho em moitas espinhosas, come grandes insetos e fadas, só voa sob chuva
pesada e, no restante do tempo, fica escondido em seu ninho em feitio de lágrima.
O agoureiro tem um canto baixo e soluçante característico, que antigamente se acreditava
anunciar a morte. Os bruxos evitavam os ninhos de agoureiro com medo de ouvir esse som de
partir o coração, e acredita-se que mais de um bruxo sofreu um ataque cardíaco ao passar por
uma moita e ouvir o lamento de um agoureiro escondido.13 Com o tempo, porém, pesquisas
pacientes revelaram que esse pássaro simplesmente anuncia a aproximação da chuva.14 Desde
então, ele entrou na moda como barômetro caseiro, embora haja quem ache difícil aturar o seu
lamento contínuo durante os meses de inverno. As penas do agoureiro não servem para fazer
canetas porque repelem a tinta.
BASILISK (BASILISCO)
O
primeiro basilisco de que se tem notícia foi criado por Herpo, o Sujo, um bruxo
das trevas
de
nacionalidade grega e ofidiglota, que descobriu, após muitas experiências, que
um ovo de
galinha
chocado por um sapo produzia uma cobra gigantesca dotada de poderes
extraordinariamente
perigosos.
O
basilisco é uma cobra verde-vivo que pode alcançar quinze metros de
comprimento. O
macho
tem uma pluma vermelha na cabeça. Suas presas são excepcionalmente venenosas,
mas
seu
órgão de ataque mais poderoso são os grandes olhos amarelos. A pessoa que os
encara
sofre
morte instantânea.
Se
a fonte de alimentos é suficiente (o basilisco come todos os mamíferos e aves e
a
maioria
dos répteis), ele pode atingir uma idade avançada. Acredita-se que o espécime
de
Herpo,
o Sujo, viveu quase novecentos anos.
A
criação do basilisco foi declarada ilegal desde a época medieval, embora a prática
seja
facilmente
dissimulável, pois basta remover o ovo de galinha do choco do sapo quando o
Departamento
para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas aparece à porta.
Contudo,
uma vez que os basiliscos não são controláveis, exceto por ofidiglotas, eles
oferecem
tanto perigo à maioria dos bruxos das trevas quanto a qualquer outra pessoa, e
não
há
registros de basiliscos na Grã-Bretanha nos últimos quatrocentos anos.
BILLYWIG (GIRA-GIRA)
O
billywig (gira-gira) é um inseto nativo da Austrália. Mede cerca de um centímetro
e três
milímetros,
é azul-safira berrante. Sua velocidade é tão grande que ele raramente é
percebido
saem
do alto da cabeça e rodam a grande velocidade quando ele voa. Na extremidade
oposta
do corpo há um ferrão longo e fino. Quem é picado por um gira-gira sente
tonteira
seguida
de levitação. Há gerações, jovens bruxas e bruxos australianos têm tentado
apanhar
gira-giras
para provocá-los e serem picados por eles, produzindo assim esses efeitos
colaterais
mesmo que o excesso de picadas possa fazer a vítima flutuar no ar descontrolada
durante
dias seguidos. Nos casos em que há uma forte reação alérgica, essa flutuação
pode se
tornar
permanente. O ferrão seco do gira-gira é usado em várias poções e acredita-se
que seja
um
dos ingredientes do popular doce Delícias Gasosas.
BOWTRUCKLE (TRONQUILHO)
O
bowtruckle (tronquilho) é uma criatura que guarda árvores, encontrável
principalmente no
oeste
da Inglaterra, sul da Alemanha e certas florestas da Escandinávia. É dificílimo
de
localizar
por ser pequeno (no máximo vinte centímetros de altura) e aparentemente formado
por
tronco e gravetos com dois olhinhos castanhos.
O
tronquilho, que se alimenta de insetos, é uma criatura pacífica e extremamente
tímida,
mas
se a árvore em que ele vive é ameaçada, há quem diga que ele salta sobre o
lenhador ou
sobre
o cirurgião-florestal que está tentando danificar sua habitação e fura os olhos
deles com
seus
dedos longos e afiados. Oferecer bichos-de-conta aos tronquilhos os acalma por
tempo
suficiente
para uma bruxa ou um bruxo retirar madeira de sua árvore para a fabricação de
uma
varinha.
BUNDIMUN (BANDINHO)
O
bundimun (bandinho) é encontrado no mundo inteiro. Ele infesta as casas, perito
que é em se
infiltrar
sob as tábuas do soalho e rodapés. A presença do bandinho em geral é anunciada
por
um
fedor de decomposição. Ele secreta uma substância que apodrece até as fundações
da
habitação
em que se encontra.
Quando
em repouso, o inseto lembra uma mancha de fungo esverdeado dotada de olhos,
embora
quando se assuste ele fuja com suas numerosas perninhas finas. Alimenta-se de
sujeira.
Os Feitiços de Limpeza acabam com a infestação de bandinhos em uma casa, mas se
seu
dono deixou que os insetos proliferassem livremente, ele deverá entrar em
contato com o
Departamento
para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas (Subdivisão de Pragas)
antes
que a casa desmorone. A secreção de bandinhos diluída é usada para preparar certos
fluidos
mágicos de limpeza.
CENTAUR (CENTAURO)
O
centauro tem cabeça, tronco e braços humanos ligados a um corpo de cavalo cujo
colorido
varia.
Inteligente e dotado de fala humana, a rigor, não deveria ser chamado de animal,
mas a
seu
próprio pedido foi assim classificado pelo Ministério da Magia (veja a Introdução
deste
livro).
O
centauro habita a floresta. Acredita-se que ele teve origem na Grécia, embora
haja
atualmente
comunidades desses animais em várias partes da Europa. As autoridades bruxas
em
cada país em que há centauros destinaram a eles áreas em que não serão
incomodados
pelos
trouxas; porém, eles não têm grande necessidade da proteção bruxa, pois contam
com
recursos
próprios para se esconder dos humanos.
O
modo de vida do centauro é envolto em mistério. Geralmente, eles têm tanta
desconfiança
de
bruxos quanto de trouxas e, na realidade, parecem não fazer grande diferença
entre os dois.
Vivem
em rebanhos que reúnem de dez a cinquenta membros e gozam da reputação de
entender
de cura mágica, adivinhação, manejo do arco e astronomia.
CHIMAERA (QUIMERA)
A
chimaera (quimera) é um monstro grego raro com cabeça de leão, corpo de bode e
rabo de
dragão.
Feroz e sanguinária, ela é extremamente perigosa. Só se conhece um exemplo de
alguém
que tenha abatido uma quimera, mas o azarado bruxo em questão caiu do seu
cavalo
alado
(veja página 63) e morreu pouco depois, sem forças. Os ovos da quimera são
classificados
como Artigos Não Comerciáveis Classe A.
CHlZPURFLE (CHIZÁCARO)
O
chizpurfle (chizácaro) é um pequeno parasita de até um milímetro e meio de
altura com a
aparência
de um caranguejo e dotado de grandes presas. É atraído pela magia e pode
infestar
o
pelo e as penas de criaturas como crupes e agoureiros. Penetra também a habitação
de
bruxos
e ataca objetos mágicos tais como varinhas, que ele rói gradualmente até o
cerne
mágico,
ou então se instala em caldeirões sujos, onde engole qualquer restinho de poção.16
Embora
o chizácaro possa ser eliminado facilmente com qualquer das poções patenteadas à
venda
no mercado, várias infestações podem exigir uma visita da Subdivisão de Pragas
do
Departamento
para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas, pois o chizácaro
quando
inchado por substâncias mágicas torna-se muito difícil de combater.










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